Juros do crédito consignado do
INSS são reduzidos para 1,80% ao mês.
Nova
taxa começa a valer após publicação da Previdência; ministério queria juro
menor, mas cedeu a proposta de empregadores.
O
CNPS (Conselho Nacional do Previdência Social) aprovou nova queda na taxa
de juros do crédito consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) para 1,80% ao mês em reunião na tarde desta segunda-feira (4).
A
taxa atual está em 1,84% ao mês para o empréstimo pessoal consignado.
Para o
cartão de crédito consignado e o cartão de benefício, os juros vão cair de
2,73% ao mês para 2,67%.
Os novos percentuais começam a valer assim que for
publicada normativa da Previdência.
A
nova taxa é um pouco maior do que a sugerida pelo Ministério da Previdência
Social em reunião do CNPS na semana passada, quando foi proposto teto de juros
em 1,77% para o empréstimo e 2,62% para o cartão.
A proposta foi aprovada por
14 votos a 1. O voto contrário foi do setor bancário.
O
consignado é um crédito controlado pela Previdência Social, cuja taxa é
definida pelo CNPS.
O percentual determinado é um teto, ou seja, a instituição
financeira pode cobrar menos, nunca juro maior.
Pelas
regras atuais, o aposentado ou pensionista do INSS pode comprometer até 45% do
benefício com o empréstimo.
Desse total, 35% são para o empréstimo pessoal, 5%
para o cartão de crédito e 5% para o cartão de benefício, criado em 2022.
Com
a redução, diz o setor bancário, os bancos têm diminuído a oferta de crédito,
prejudicando aposentados e pensionistas do INSS, especialmente os que têm renda
menor.
"Numa
direção oposta, o Ministério da Previdência, sem envolver o Ministério da
Fazenda, insiste em diminuir, de forma artificial e arbitrária, o teto de juros
do consignado do INSS, sem levar em conta qualquer critério técnico e a
estrutura de custos", diz nota da instituição.
FOLHA DE SÃO PAULO