Golpes da Black Friday
- Entidades
recomendam cuidado com ofertas irresistíveis, vídeos falsos e
promoções-relâmpago
- Antes de finalizar as compras,
clientes devem fazer pesquisa de preços e checar a reputação de lojas
A Black Friday deste ano será realizada nesta sexta-feira (28), no mesmo
dia em que cai a primeira parcela do 13º dos trabalhadores.
A Abiacom
(Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce) prevê que o
comércio eletrônico brasileiro movimente R$ 13,34 bilhões durante o dia,
considerado uma das datas mais importantes para o setor varejista.
Levantamento do Google mostra que 60% dos entrevistados pretendem fazer
compras na data.
Eles também afirmam que devem investir em aproximadamente seis
categorias de produtos, um avanço em relação ao ano passado.
O estudo indica
ainda que a Black Friday se consolidou como um momento de realização de desejos
pessoais: celulares (79%), perfumes (79%), roupas e acessórios (78%) e calçados
(78%) estão entre as categorias mais mencionadas.
Com o aumento das promoções e do volume de compras, é comum que se
intensifiquem os golpes.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirma que
propostas que parecem uma oportunidade imperdível para aproveitar descontos e
adiantar as compras de Natal podem esconder riscos.
Quadrilhas aproveitam que
os consumidores são bombardeados por ofertas para aplicar fraudes usando
técnicas de engenharia social.
Segundo a entidade, criminosos se passam por
empresas conhecidas, bancos ou lojas específicas para convencer usuários a
fornecerem dados pessoais, senhas ou informações confidenciais, que depois são
usados para golpes financeiros.
Para evitar cair em golpes, Walter Faria,
diretor-adjunto de serviços e segurança da Febraban, recomenda que o cliente
pesquise preços dos itens que pretende comprar, além da reputação do varejista.
Também é necessários verificar fatores como prazo de entrega e meios de
pagamento disponíveis.
Faria afirma que é importante desconfiar de ofertas
com preços muito abaixo do mercado e tomar cuidado com a páginas e perfis falsos em redes sociais.
É comum que quadrilhas repliquem a identidade visual de grandes marcas e
patrocinem publicações com ofertas tentadoras. Ele explica que o uso de posts
patrocinados é uma estratégia para ampliar o alcance de falsas promoções.
FOLHA DE SÃO PAULO