Ações trabalhistas citando racismo crescem 11% em
2020.
São Paulo liderou
todos os estados em número de processos, chegando a 672 demanda.
Quase 1.900 ações trabalhistas citando questões
raciais foram protocoladas na Justiça em 2020.
A maior parte dos registros
ocorreu em São Paulo, com 672 processos.
Em seguida vêm Rio Grande do Sul (237)
e Minas Gerais (141), de acordo com levantamento da Data Lawyer, empresa de
jurimetria e inteligência artificial.
O valor total das causas chega a R$ 402
milhões, e os setores que tiveram mais ações foram call center e restaurantes.
O aumento foi de 11% em relação a 2019.
O crescimento de
processos é resultado de uma maior conscientização da população negra, segundo
Margareth Goldenberg, sócia da consultoria que leva seu sobrenome e que implementou
o trainee exclusivo para negros no Magazine Luiza.
Para Denise Arantes, advogada trabalhista do
escritório Mauro Menezes, o aumento da judicialização reflete um cenário de
crescente precarização de direitos, que deixa o trabalhador mais vulnerável.
“Quando você tem uma categoria sem um sindicato forte, submetida a poucas
regras, sem hora extra, o próximo passo é a violação dos direitos humanos.”
FOLHA DE SÃO PAULO