BC quer alavancar projeto de educação financeira
para alcançar 22 milhões de estudantes.
Inscrições de
escolas públicas foram prorrogadas e estão abertas até 31 de julho.
O projeto "Aprender Valor", do Banco Central,
pretende levar educação financeira para alunos do ensino fundamental de escolas públicas de
todo o país.
Para que mais instituições de ensino possam aderir, as inscrições,
que seriam até a última quarta-feira (30), foram prorrogadas para 31 de julho.
Até agora, cerca de 1.400 escolas se inscreveram
no programa e mais de 10.400 professores foram capacitados
Segundo a autoridade monetária, a
iniciativa tem potencial de alcançar 22 milhões de estudantes.
"O conteúdo está todo em nossa plataforma digital, então ele pode ser acessado em qualquer lugar do
país sem o custo de deslocamento", ressalta o diretor de Relacionamento,
Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, Maurício Moura.
Dentro do modelo, o tema é levado para sala de aula de forma
interdisciplinar e o projeto propõe formas de integrar finanças a outras matérias, como português, artes e matemática.
O BC elaborou 35 projetos e já disponibilizou 19 deles para
as escolas cadastradas.
Dentro de cada projeto há o detalhamento de como
abordar o assunto em sala, além da metodologia e exercícios.
Como a rotina das escolas foi afetada pela
pandemia de Covid-19 e os alunos ainda não voltaram para o formato presencial,
alguns projetos foram alterados.
A etapa inicial do programa, prevista para terminar em 2022,
custará R$ 12 milhões, custeados por fundo do Ministério da Justiça.
"Por
meio de edital a pasta escolhe projetos para financiar, nós aplicamos e fomos
contemplados", explica o diretor.
O BC, contudo, vai tornar o projeto permanente
após o fim do financiamento, com recursos próprios.
A ideia é abrir inscrições para as escolas
interessadas a cada semestre.
Depois de consolidar o programa no ensino
fundamental, a autarquia quer ampliar a ação para o ensino médio e para escolas
particulares.
FOLHA DE SÃO PAULO