Homens
perdem o cromossomo Y e morrem antes.
A falta do cromossomo Y, algo observado em uma parte das células
conforme os homens envelhecem (estima-se que tal carência afeta 40% dos
idosos a partir dos 70 anos) pode ser uma das principais explicações porque os
homens têm uma expectativa de vida menor do que as mulheres.
No Brasil a expectativa de vida para os homens seria atualmente de
73,3 anos e, para as mulheres, de 80,3 anos, sem considerar ainda os efeitos da
Covid-19, segundo o IBGE.
A carência do cromossomo Y, diz estudo publicado dias atrás,
propicia o surgimento de fibrose miocárdica, com comprometimento
das células musculares do coração e insuficiência cardíaca.
O estudo revela que camundongos machos tratados para perderem seu
cromossomo Y nas células do sangue, o que ocorre em homens idosos, tiveram uma
deposição excessiva de tecido conjuntivo no coração, rins e pulmões.
Em outras
palavras, um conjunto de respostas do sistema imunológico levou a um processo
conhecido como fibrose, afetando o funcionamento de diferentes partes do corpo
desses animais. A pesquisa aponta ainda que os roedores sem Y tiveram um tempo
de vida menor.
Os pesquisadores também conduziram análises a partir do UK
Biobank, um repositório contendo dados médicos de cerca de meio milhão de
pessoas, e verificaram uma associação entre a falta do cromossomo Y, doenças
cardiovasculares e insuficiência cardíaca.
FOLHA DE SÃO PAULO