Gestão de Recursos


Segundo a Anbima, nos próximos dez anos, existe a tendência de uma mudança expressiva na distribuição das classes de ativos no estoque de investimentos dos brasileiros. Em condições macroeconômicas estáveis, com juros saindo dos atuais 6,5% e atingindo um teto de 8% no fim do período, inflação anual em 3,75% e crescimento do PIB em torno de 2,5%, a previsão é que as ações possam subir para 27% do estoque total de ativos em 2030. Hoje a renda variável representa 18%.

 

De maneira inversa, os títulos da dívida pública federal, que hoje abarcam metade do estoque de ativos, podem cair para 32% em 2030.

A previsão da entidade é que o estoque de ativos totais deve dobrar no período, dos atuais R$ 10,6 trilhões para R$ 21,6 trilhões, em 2030. O crescimento do mercado de gestão de recursos deve adicionar impulso significativo para a economia do país. A pesquisa mostra ainda que a expansão da indústria de gestão de recursos no país criaria 402 mil empregos adicionais no período. A geração direta de postos de trabalho atingiria 142 mil, enquanto a indireta alcançaria 256,7 mil.

A agenda proposta pela Anbima amplia o foco da gestão de recursos para além dos fundos de investimento. "Nosso enfoque está na atividade de gestão, menos no produto fundo de investimento e mais nas atividades relacionadas com a gestão de recursos, incluindo as carteiras administradas, assessoramento e consultoria", afirma.

 

Entre as sugestões, há a ideia de se discutir a criação de um novo veículo de investimento, que se juntaria ao modelo do fundo tradicional. O formato, de acordo com a representante dos mercados de capitais e financeiro, seria um conceito próximo ao das "investment company" nos EUA.

 



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