As entidades
fechadas veem os planos instituídos e setoriais como as duas modalidades
através das quais poderão retomar o seu crescimento, sendo que estes últimos
deverão ganhar agora maior impulso a partir da homologação pelo CNPC em sua
próxima reunião, em julho, do entendimento segundo o qual novas ofertas podem
chegar ao mercado sem necessidade de mexer nas normas e incluindo os familiares
dos atuais participantes até o segundo grau e, não até o terceiro, conforme a
Abrapp pleiteava. “Não conseguimos tudo o que queríamos, mas demos um bom
encaminhamento”, observa o Presidente Luís Ricardo Marcondes Martins. Ele
explicou que o caminho, ainda que mais restrito do que o originalmente
previsto, ficou desimpedido após reunião com a PGFN dias atrás.
Luís Ricardo
antecipou que a própria Abrapp pretende, a exemplo de algumas associadas,
constituir um fundo setorial. Gueitiro Genso, Presidente da Previ, antecipou o
desejo de sua entidade em fazê-lo, com o lançamento do “Previ Família”. Haveria
igual interesse da parte da Petros, Funcesp e Forluz. Gueitiro aponta o motivo:
“o sistema complementar fechado precisa se reinventar e para isso precisa de
novos públicos e produtos”. O jornal lembra já existir desde 2015 um fundo
setorial, o “IndustriaPrev”, da Federação das Indústrias de Santa Catarina.
O jornal, que
gasta alguns parágrafos explicando o que são fundos instituídos e setoriais e
destacando a necessidade que o sistema têm de modernizar-se para atender às
novas demandas, entrevistou ainda o sócio da consultoria Aditus, Guilherme
Benites, para quem o interesse pelos novos planos só irá crescer de fato quando
novos estímulos forem dados às pessoas físicas para que participem. Já o
especialista em finanças pessoais, Daniel Fuks, entende que o desinteresse das
pessoas é fruto também da “falta de transparência do setor”. Ele ataca, dizendo
existir o risco de fundos de pensão não pagarem os benefícios ao final.
Fuks recomenda a
previdência aberta, especialmente para quem declara o IR pelo modelo
simplificado.
Mas a matéria é
encerrada com um dado irrespondível fornecido pelo Presidente da Real Grandeza,
Sérgio Wilson Ferraz Fontes, que comparou os resultados conseguidos por sua
entidade com as alcançadas por 10 PGBLs: “considerando uma contribuição de 25
anos, consigo acumular 18% a mais só com as diferenças entre as taxas médias do
mercado e as nossas”.
VALOR ECONÔMICO