Tensão pré-eleição faz fundos elevarem capital 'represado' no País para R$ 36 bi


Incerteza eleitoral. Entre janeiro e agosto, número de fusões e aquisições caiu 18% no País, com um freio ainda mais brusco, de 65%, no mês passado; perspectiva do mercado é que os negócios voltem a ser fechados somente após a definição do novo presidente.

A tensão pré-eleição, que atingiu em cheio o mercado financeiro na semana passada, levando o dólar a R$ 4,20, também é sentida entre os fundos de private equity (que compram participações em empresas). O receio em fechar negócios neste momento é percebido tanto nos dados de total de operações fechadas quanto no aumento do estoque de dinheiro captado que ainda não foi aplicado. Em agosto, o número de transações caiu a menos da metade do mesmo mês do ano passado. De janeiro até julho, a cifra disponível, mas não investida, subiu em mais de R$ 5 bilhões, para R$ 36 bilhões.

Para Piero Minardi, presidente da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (Abvcap), o mercado está em compasso de espera principalmente em função da volatilidade do câmbio. “Como os fundos são investidores de longo prazo, essa instabilidade pode comprometer os retornos (na hora do desinvestimento).”

A tensão pré-eleição, que atingiu em cheio o mercado financeiro na semana passada, levando o dólar a R$ 4,20, também é sentida entre os fundos de private equity (que compram participações em empresas). O receio em fechar negócios neste momento é percebido tanto nos dados de total de operações fechadas quanto no aumento do estoque de dinheiro captado que ainda não foi aplicado. Em agosto, o número de transações caiu a menos da metade do mesmo mês do ano passado. De janeiro até julho, a cifra disponível, mas não investida, subiu em mais de R$ 5 bilhões, para R$ 36 bilhões.

Para Piero Minardi, presidente da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (Abvcap), o mercado está em compasso de espera principalmente em função da volatilidade do câmbio. “Como os fundos são investidores de longo prazo, essa instabilidade pode comprometer os retornos (na hora do desinvestimento).”

Segundo Mário Malta, diretor do fundo Advent, a postura dos donos de empresa também influencia no ritmo menor dos fechamentos de negócio. “Em função das incertezas, eles atrasam decisões como trazer um sócio ou acessar novos mercados.” Malta ressalta que não falta capital no mercado, ainda mais com a desvalorização cambial, que deixa os ativos mais baratos para quem capta dinheiro em dólares. 

Segundo outros gestores de fundos ouvidos pelo Estado, até o segundo turno das eleições só negócios inadiáveis serão fechados. Alexandre Pierantoni, especialista em fusões e aquisições e diretor da Duff & Phelps no Brasil, diz que a incerteza se dissipará quando o pleito estiver definido.



ESTADO DE SÃO PAULO
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