Projeto que limita juros do cartão e do cheque
especial pode ser votado nesta semana.
Proposta é reduzir
taxas, hoje em três dígitos, para 30% ao ano; bancos dizem que medida é
'intervenção artificial' danosa.
O presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deve colocar em votação nesta semana o projeto
que limita os juros do cheque especial e do cartão de crédito durante a
pandemia do novo coronavírus.
O projeto é
polêmico. Mexe no mercado financeiro, interferindo em contratos
privados.
A Febrabran (Federação Brasileira dos Bancos) trabalha contra a
iniciativa, alegando que a medida pode prejudicar ainda mais a economia.
A expectativa é que
a proposta entre na pauta do Senado da próxima quarta-feira (1º).
O projeto é de autoria
do senador Álvaro Dias (Podemos-PR) e o seu relatório já foi concluído há mais
de um mês.
O parecer foi elaborado pelo senador Lasier Martins (Podemos-RS) e
traz alterações nos limites em relação ao texto original.
O relatório que
será votado pelos senadores no plenário virtual.
O autor propunha um limite de 20% nos juros cobrados ao ano no cartão de
crédito e no cheque especial. O
relator alterou a taxa para 30% ao ano.
Segundo o presidente da Febraban, a mobilização para que a
proposta não seja votada continuará no Congresso.
"A
Febraban tem procurado sensibilizar lideranças políticas sobre os efeitos
danosos de propostas que vão na direção do tabelamento de taxas de juros,
aumento de impostos, congelamento de limites de crédito, suspensão obrigatória
de prestações do consignado, não negativação de devedores inadimplentes, não
cobranças e execução de dívidas"
FOLHA DE SÃO PAULO