Bolsa não pode aderir a megaferiado contra coronavírus em São Paulo,
dizem analistas.
Em comunicado divulgado na terça, a
Bolsa afirma que negocia com autoridades
A Bolsa de Valores não pode aderir ao
megaferiado contra o coronavírus em São Paulo, afirmam
especialistas.
Além do risco de fortes perdas no mercado acionário local, a
medida geraria um efeito em cascata afetando rentabilidades atreladas ao CDI e
vencimentos de contratos ligados a produtos no exterior.
Em comunicado, a Bolsa informou que
está negociando com as autoridades para minimizar os efeitos negativos do
megaferiado, já que 95% de seus funcionários estão trabalhando remotamente.
Segundo o analista da Guide
Investimento Henrique Esteter, o fechamento da Bolsa de Valores por causa de um feriado
prolongado, que está sendo organizado pelo estado e pela prefeitura em São
Paulo, traz grande insegurança para os investidores locais e estrangeiros,
principalmente pelo alto nível de incertezas ao redor do mundo e pela
continuidade das operações nos mercados internacionais.
“Há uma forte pressão para que não
haja a paralisação do mercado por ‘N’ motivos.
Além de os investidores
estrangeiros pensarem duas vezes antes de colocar dinheiro em um lugar que cria
feriados do nada, isso pode trazer uma enorme volatilidade [termo que define
altos e baixos extremos nos mercados financeiros].
O movimento se assemelha ao observado
no dia conhecido pelo mercado como “Corona Day” – a Quarta-feira de Cinzas
deste ano, marcada por um recuo de 7% do Ibovespa, na
volta do carnaval em que a Bolsa brasileira se ajustava às tensões do mercado
internacionais ante o avanço do coronavírus.
Para o analista da Ativa
Investimentos Ilan Arbetman, esse risco de perda de liquidez do mercado
acontece mesmo em um cenário que a que a Bolsa consiga adaptar seus sistemas
para o megaferiado, mudando a programação feita para o vencimento de contratos,
por exemplo.
FOLHA DE SÃO PAULO