O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (31) que a reforma
previdenciária não é "nenhum bicho papão" e reconheceu que
ela enfrenta certa resistência na sociedade brasileira.
Em cerimônia de assinatura de contratos do pré-sal, ele disse, no
entanto, que caso a proposta seja aprovada, a população irá sentir os efeitos
positivos da mudança nas aposentadorias e irá aplaudi-la.
"Toda vez que você fala em reforma, inicialmente, há uma certa
resistência, mas logo depois as pessoas veem que não é nenhum bicho papão, que
deu para melhorar o país e, logo depois, é aplaudida", disse.
Em discurso, ele afirmou ainda que tem seguido a recomendação de um
publicitário e falado sobre a reforma previdenciária em todas as oportunidades,
inclusive quando perguntam seu time de futebol e seus artistas favoritos.
"Se perguntarem qual seu time de futebol, você diz que é o São
Paulo, mas lembra que, na questão previdenciária, o São Paulo tem tido tais e
tais providências. Se perguntarem os artistas favoritos, citar dois ou três e
dizer do aspecto previdenciário", afirmou.
Segundo ele, agora é o momento mais adequado de aprovar as mudanças na
aposentadoria, já que é "angustiante" a situação previdenciária de
algumas unidades da federação, que acumulam dívidas.
"Quando pedimos voto no Congresso Nacional, nós estamos pensando no
país. Para aprovar a reforma, é o futuro do país que está no foco", disse.
Presente no evento, o líder do governo no Senado Federal, Romero Jucá
(MDB-RR), disse ter a expectativa de que a proposta seja aprovada em fevereiro.
Para ele, o Palácio do Planalto deve avaliar apenas no mês que vem se colocará
em votação mesmos em ter os votos necessários.
Folha de São Paulo