Com vendas em alta, montadoras irão parar novamente
por falta de peças.
GM, Nissan e
Volkswagen confirmaram paralisações da produção em junho.
A venda de veículos
leves e pesados em maio teve alta de 7,3% na comparação com abril, segundo
dados com base no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores).
O mês terminou com
188,7 mil unidades emplacadas, número que inclui carros de passeio, veículos
comerciais leves, ônibus e caminhões.
Na comparação com
maio de 2020 —período em que houve fechamento de lojas devido à pandemia de Covid-19 e dificuldade para registrar
carros novos—, o crescimento foi de 203%.
No acumulado do
ano, há alta de 31,9% no licenciamento de automóveis zero-quilômetro.
A média diária
ficou em 8.986 emplacamentos no último mês, número que vem se mantendo estável.
O resultado poderia ser melhor caso problemas com fornecimento de peças,
principalmente semicondutores, já estivessem resolvidos.
Após seguidas paradas entre março e abril, novas
interrupções ocorrerão em junho, de acordo com o cronograma das montadoras.
A General Motors
vai paralisar a produção em São Caetano do Sul (Grande São Paulo) por seis
semanas a partir do dia 21.
Em nota, a montadora afirma que a fábrica começará
a ser preparada para receber sua nova picape, mas também há problemas com a
falta de componentes.
A Nissan também vai interromper as atividades em Resende (RJ)
por falta de componentes durante parte do mês de junho. As datas ainda estão
sendo definidas pela empresa.
A montadora de origem japonesa já havia paralisado a produção
entre os dias 25 de março e 9 de abril. O motivo alegado naquele período foi o
agravamento da pandemia de Covid-19.
A escassez de semicondutores fará a Volkswagen interromper por
10 dias as linhas de montagem nas unidades de Taubaté (interior de SP) e São
José dos Pinhais (PR). A parada terá início no dia 10 deste mês.
FOLHA DE SÃO PAULO