O
Ministério Público Federal requisitou e a Justiça aceitou que a nova denúncia
contra a ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tramite
no âmbito da Operação Greenfield, que apura irregularidades nos quatro maiores
fundos de pensão do país: Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do
Brasil) e Postalis (Correios).
Nesta
quarta-feira (26), Cunha, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ), o
corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, seu ex-sócio Alexandre Margotto e o
ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto viraram réus após o juiz Vallisney de
Souza Oliveira, da 10ª Vara do Distrito Federal, aceitar denúncia contra eles.
A
acusação aponta a cobrança e o recebimento de propina por parte de empresas
interessadas em obter empréstimos do Fundo de Investimentos do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Indicado por Cunha para a Caixa, Cleto
fechou acordo de delação premiada, e suas informações alimentaram o inquérito.
Em
manifestação enviada à Justiça, a Procuradoria da República no Distrito Federal
afirma que a investigação no FI-FGTS “apresenta conexão intensa com os fatos
criminosos apurados no bojo da Operação Greenfield”. Cunha sempre negou as
acusações de envolvimento no esquema.
Segundo o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes,
“a análise conjunta dos fatos denota, em grande número de casos, a similitude
de favorecimentos do FI-FGTS em sintonia com os Fundos de Pensão [e] a
coincidência de investimentos comuns”.
G1