O
relatório da Reforma Tributária foi apresentado nesta quarta no Senado com
mudanças em relação à proposta aprovada pela Câmara.
A previsão é que o texto seja votado no início de novembro e, como deve ter
mudanças, voltará para análise dos deputados.
Veja as principais alterações sugeridas
pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM):
- Cashback
na conta de luz: o consumidor de baixa renda terá devolução obrigatória do
imposto no fornecimento de energia elétrica.
- Cesta
básica: duas alíquotas. Uma com menos itens será
isenta, e a outra terá cobrança de 40% da alíquota geral, mas com um
cashback para baixa renda. O que será incluído em cada será definido via
lei complementar.
- Trava
para carga tributária como percentual do PIB (arrecadação
média de 2012 a 2021 de PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS, tributos que serão
extintos).
O
esqueleto da reforma: a proposta prevê a fusão de PIS, Cofins e IPI
(tributos federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal) em um IVA dual.
- Uma parte
dele será administrada pelo governo, com o CBS (Contribuição sobre Bens e
Serviços), e a outra, por estados e municípios pelo IBS (Imposto sobre
Bens e Serviços).
- Também
será criado um imposto seletivo, aplicado a itens que
prejudicam a saúde ou a natureza.
A
alíquota do IVA será definida apenas depois, em lei complementar, e levará em
conta as exceções previstas pelo texto (quanto mais setores beneficiados, maior
será a alíquota geral).
A reforma deve reduzir a carga para 90% da
população.
FOLHA DE SÃO PAULO