MERCADO DE TRABALHO 2


Barreiras para mulheres na ciência são concretas, não apenas falta de motivação, diz física.

Professora em Michigan (EUA), Marcelle Soares-Santos afirma que acabar com cotas raciais seria retrocesso.

Não é preciso criar iniciativas para motivar mais mulheres e meninas a virarem cientistas, diz a astrofísica e professora da Universidade de Michigan (EUA) Marcelle Soares-Santos.

"Não é uma falta de interesse, existem barreiras concretas ao avanço de mulheres na carreira científica", afirmou em entrevista por vídeo.

A astrofísica, que estuda a expansão acelerada do universo e é uma das pesquisadoras envolvidas no estudo que recebeu o título de descoberta científica do ano pela revista Science em 2017, diz que iniciativas de combate ao viés inconsciente têm efeito sobre a desigualdade de gênero no campo científico.

Ela é uma das retratadas no projeto "Entrevistas Além do Tempo", uma história em quadrinhos que conta a trajetória de cientistas negros. 

A revista, parceria do pesquisador da USP Carlos Antônio Teixeira e a Embaixada e os Consulados dos EUA, foi lançada na quinta-feira (24).



FOLHA DE SÃO PAULO
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