Inflação de famílias pobres é três vezes maior do que dos mais ricos.
Tal
como vem acontecendo com os idosos, a população com renda muito mais baixa
também está sofrendo mais com a inflação.
Em setembro deste ano, ela subiu
0,98% – três vezes mais do que a alta registrada na classe alta 0,29% –,
segundo o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quarta-feira.
As
famílias que estão nessa faixa prejudicada têm renda domiciliar inferior a R$
1.650,00 por mês. Já os lares com renda alta possuem rendimento mensal acima
dos R$ 16.509,66.
A
discrepância é ainda maior no acumulado do ano: 2,5% nas famílias com renda
mais baixa contra 0,2% de inflação entre os mais ricos.
O
fenômeno acontece principalmente por causa da alta no preço dos alimentos, que
ocupam uma faixa maior nos gastos de famílias mais pobres e responderam por 75%
da taxa de inflação de setembro.
No ano, o peso fica nítido considerando que o
preço do arroz subiu 41% no ano, o feijão 34% e o óleo de soja 51%.
IPEA