A
Procuradoria-Geral do Estado (PGE) vai recorrer da suspensão dos efeitos da lei
que instituiu a previdência complementar para os
servidores estaduais do Rio Grande do Sul, no que se refere a magistrados. O
governo contestará a liminar concedida pelo
desembargador Alberto Delgado Neto, do Tribunal de Justiça do estado.
O assunto
foi tratado durante reunião entre o governador José Ivo Sartori e os
secretários estaduais nesta segunda (19). O governo contesta o argumento da
Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), autora da ação,
de que a medida relativa a magistrados interfere na independência entre os
Poderes do Estado.
O
Piratini argumenta que a Previdência dos servidores teve em 2015 um rombo de R$
8,5 bilhões, e que as dificuldades afetam os três Poderes, já que toda a
sociedade gaúcha participa do sistema previdenciário.
A mudança
é uma das medidas adotadas pelo Palácio Piratini para tentar enfrentar a crise
financeira do estado.
De acordo
com a lei aprovada, os futuros funcionários públicos se aposentariam com
salários limitados ao teto do regime geral do INSS, atualmente fixado em R$
5.189,82. Quem quiser ganhar acima desse valor, terá de fazer contribuições
extras.
A assessoria de imprensa do governo informou ao G1
que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ainda não tinha sido notificada da
decisão até a última sexta-feira (16).
G1