O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) decidiu estabelecer metas sociais em sua
estratégia para os próximos três anos.
Entre elas, estão a geração de empregos
e a ampliação da cobertura de água e esgoto no país.
As metas fazem parte do plano trienal
da instituição, lançado nesta quarta (18).
Durante o evento, o presidente do
BNDES, Gustavo Montezano, defendeu que o banco consegue sobreviver sem recursos do Tesouro ou do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
"O banco media muito seu sucesso
pelo desembolso ou lucro, que é vincular o tamanho financeiro dessa entidade ao
tamanho do desenvolvimento econômico e social que ela trazia para o Brasil,
disse ele.
"A partir de hoje, a medição de sucesso do banco é o impacto na
vida dos cidadãos."
Entre as metas estabelecidas para os
próximos três anos, estão garantir financiamentos que representem a abertura ou
manutenção de 3,6 milhões de postos de trabalho —não necessariamente até 2022,
frisou Montezano, mas ao longo dos projetos.
O BNDES quer ainda conceder
empréstimos a ao menos 150 unidades de saúde que atendem ao SUS, 20 projetos de
iluminação pública eficiente e projetos de educação com potencial impacto em um
milhão de alunos.
No saneamento, a meta é estruturar projetos que
garantam acesso de 20 milhões de pessoas à rede.
Em logística, o banco fala em
estruturação de projetos para noves 16 mil quilômetros de rodovias e
empréstimos para 5 mil quilômetros de rodovias e 2,5 mil quilômetros de
ferrovias.
A criação de metas sociais vem em
linha com discurso do governo sobre reforçar o S da sigla BNDES. No início do
mês, em evento no banco, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia
adiantado que o banco iniciaria atuação mais voltada para a área social.
No plano trienal, o BNDES elencou
entre as grandes agendas para o período infraestrutura, produtividade, educação
saúde e segurança, inovação, pequenas e médias empresas, sustentabilidade,
desenvolvimento territorial e desestatizações.
Nesse última caso, a meta é apoiar a
venda de 15 empresas estaduais e 15 empresas federais nos próximos três anos.
FOLHA DE SÃO PAULO