Petrobras anuncia reajustes na gasolina, no diesel
e no gás de cozinha.
Preços
na refinaria ficarão 6,3%, 3,7% e 5,9% mais caros, respectivamente.
Em meio a questionamentos sobre a periodicidade de
sua política de preços, a Petrobras anunciou nesta segunda (5) reajustes nos
preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, que subirão 6,3%, 3,7% e
5,9%, respectivamente.
É o primeiro aumento nos preços da gasolina e
diesel da gestão Joaquim Silva e Luna, que assumiu a Petrobras no dia 19 de
abril após conturbada troca de comando na estatal.
A alta refere-se
aos preços de refinaria e o repasse ao consumidor depende de políticas
comerciais de postos e distribuidoras.
Os novos
preços seguem a alta das cotações internacionais do petróleo e passam a vigorar
nesta terça (6).
O preço do diesel não era ajustado desde o início de maio,
quando houve corte de 2,1%. Já gasolina e gás de cozinha foram alterados no dia 11 de junho —o primeiro para baixo e o segundo, para cima.
Segundo a Petrobras, o preço do gás de cozinha subirá R$ 0,20
por quilo, para R$ 3,60 (ou R$ 46,80 o botijão de 13 quilos.
Já gasolina e
diesel subirão R$ 0,16 e R$ 0,10 por litro, para R$ 2,69 e R$ 2,81.
É o décimo-quinto aumento consecutivo no preço do gás de cozinha
nas refinarias da Petrobras, após um período de queda no início da pandemia.
Desde o início do governo Bolsonaro, o produto vendido pela estatal acumula
alta de 66%.
A escalada no preço do botijão tem gerado debates
no Congresso sobre a necessidade de subsídios à população de baixa renda, que tem
apelado a lenha ou carvão para cozinhar alimentos diante da dificuldade para
adquirir o gás de cozinha.
O anúncio dos reajustes ocorre após questionamentos
no mercado sobre a política de preços da companhia, que começou a observar
prazos mais longos antes de decidir por mudanças.
Na sexta (2), a Ativa
Investimentos publicou relatório apontando defasagem de 20% no preço da
gasolina.
FOLHA DE SÃO PAULO