Desemprego tende a aumentar ainda mais entre pretos e pardos em 2021,
aponta FGV.
Segundo
pesquisador, programa de suspensão de contratos e redução de jornada de
trabalho foi mais intensa entre os pretos e pardos e isso deverá ter ‘efeito
rebote’ no ano que vem.
A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus promoveu mudanças
estruturais no mercado de trabalho que tendem a intensificar ainda mais o
desemprego entre pretos e pardos em 2021.
É o que aponta o economista da
Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri.
Segundo
o pesquisador, que é diretor da FGV Social, pretos e pardos foram os mais beneficiados pelo Programa de Preservação
de Emprego e Renda instituído pelo governo federal
diante da pandemia, que permitiu a suspensão de contratos e redução das
jornadas de trabalho.
Por
meio do programa, os trabalhadores que tiveram o contrato suspenso ou a jornada
reduzida passaram a receber o Benefício Emergencial (Bem), pago pelo governo.
As empresas, em contrapartida, ficaram obrigadas a garantir a estabilidade dos
trabalhadores por um período igual ao da suspensão dos contratos ou redução da
carga horária.
Ao processar os microdados da Pnad-Covid, versão da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua criada pelo IBGE para avaliar os efeitos da
pandemia sobre o mercado de trabalho, a FGV Social constatou que os pretos e
pardos tiveram queda superior do número de horas trabalhadas na comparação com
os brancos.
G