Maioria dos pedidos na fila
depende do INSS para a análise
Em novembro, mais de 1,2 milhão de solicitações
estavam à espera do instituto, segundo relatório
Desde setembro de 2020, o
número de pedidos de benefícios à espera de análise do INSS é maior do que os
que dependem de o segurado entregar documentos complementares.
Em novembro, dos
1.920.221 requerimentos em análise, 1.250.897 aguardavam o INSS. Os dados são
do Boletim Estatístico da Previdência Social mais recente.
Segundo os advogados
Adriane Bramante e Rômulo Saraiva, os processos parados ainda não foram analisados e podem
entrar na fila do cumprimento de exigências.
“O volume de processos que
chega para análise está tão grande que os funcionários ainda não conseguiram
fazer a pré-análise”, afirma Saraiva.
Mais de 1,2 milhão de
pedidos aguardavam uma resposta há mais de 45 dias em novembro, prazo
estipulado pela legislação. Segundo o relatório, o tempo médio de concessão de
um benefício previdenciário foi de 66 dias.
Quem está na fila há mais
de 45 dias pode reclamar da demora à ouvidoria do INSS, que tem 30 dias para
dar uma resposta ao segurado.
Outra opção é recorrer à Justiça, por meio de
advogado, e pedir um mandado de segurança para a implantação imediata do
benefício.
No TRF-3 (Tribunal Regional
Federal da 3ª Região), responsável por processos de São Paulo e Mato Grosso do
Sul, foram distribuídos 10.380 processos previdenciários em 2020.
Embora a maioria dos pedidos
dependa do INSS para serem concedidos ou indeferidos, 669.324 estão esperando o
segurado enviar algum documento complementar e milhares ainda podem parar nessa
nova fila após a análise inicial.
O trabalhador à espera do
benefício deve ficar atento e se preparar parar ter documentos comprobatórios à
mão caso seja chamado para cumprir exigência.
O cumprimento de exigências é
informado ao segurado por meio de carta, email e pelo Meu INSS (aplicativo ou
site meu.inss.gov.br).
Se perder o prazo da entrega dos documentos solicitados,
o trabalhador terá o pedido extinto.
AGORA