CORONAVÍRUS


Saúde desviou 2 milhões de comprimidos de cloroquina para Covid, e programa de malária ficou sem estoque.

Novos documentos mostram que ministério precisou fazer pedido urgente à Fiocruz; pasta diz que produção nova foi para malária.

O Ministério da Saúde desviou para Covid 2 milhões de 3 milhões de comprimidos de cloroquina fabricados pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para o combate à malária. 

O desvio de finalidade do medicamento deixou descoberto o programa nacional de controle da malária, com risco de desabastecimento da droga para esses pacientes a partir deste mês de março.

Novos documentos obtidos pela Folha revelam que o ministério precisou, em caráter urgente, garantir mais 750 mil comprimidos de cloroquina, por meio de aditivo a uma parceria firmada com a Fiocruz.

O aditamento foi proposto em novembro e assinado em dezembro. 

Em janeiro, a Fiocruz entregou a cloroquina adicional para não deixar o programa de malária sem a droga. O total é suficiente para quatro meses.

Em janeiro, uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) concluiu que o uso de dinheiro do SUS na distribuição de cloroquina a pacientes com Covid-19 é ilegal.

Segundo o tribunal, o fornecimento pelo SUS de medicamentos para uso “off label”, fora do previsto na bula, só pode ocorrer se houver autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

A Anvisa já confirmou que não concedeu essa autorização


FOLHA DE SÃO PAULO
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