TECNOLOGIA 2


A evolução do deepfake, futuro da criação de conteúdo.

Vídeos gerados por inteligência artificial são cada vez mais usados comercialmente.

Há cerca de um ano, milhões de telespectadores em toda a Coreia do Sul estavam assistindo ao canal MBN para acompanhar as últimas notícias.

No horário nobre, a apresentadora habitual do jornal, Kim Joo-Ha, começou a ler as manchetes do dia. 

Era uma lista relativamente normal de histórias para o fim de 2020 —repleta de atualizações sobre a pandemia de Covid-19.

No entanto, este boletim estava longe de ser normal, já que Kim Joo-Ha não estava realmente na tela.

Ela havia sido substituída por uma versão deepfake de si mesma —uma cópia gerada por computador que busca refletir perfeitamente sua voz, gestos e expressões faciais.

Os espectadores foram informados de antemão de que isso iria acontecer, e de acordo com a imprensa sul-coreana, a reação do público foi variada.

Apesar das conotações negativas em torno do termo coloquial deepfake (as pessoas geralmente não querem ser associadas à palavra "fake"), a tecnologia está sendo cada vez mais usada comercialmente.

Mais diplomaticamente chamados de vídeos gerados por inteligência artificial, ou mídia sintética, seu uso está crescendo rapidamente em algumas áreas, como de notícias, entretenimento e educação —e a tecnologia se tornando cada vez mais sofisticada.

Um exemplo do uso educacional de vídeos gerados por inteligência artificial está na Fundação Shoah, da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, que abriga mais de 55 mil testemunhos em vídeo de sobreviventes do Holocausto.

Um exemplo do uso educacional de vídeos gerados por inteligência artificial está na Fundação Shoah, da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, que abriga mais de 55 mil testemunhos em vídeo de sobreviventes do Holocausto.



FOLHA DE SÃO PAULO
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