A revolução no trabalho.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa feita pela rede social profissional
Blind, em setembro de 2024, logo após o anúncio da Amazon, mostrou que 91% dos
profissionais não aprovavam um retorno total ao escritório e 73% consideravam
procurar outro emprego que mantivesse os benefícios de flexibilidade.
A
pesquisa teve 2.585 respondentes.
Mas a verdade, acreditam os especialistas, é que a grande maioria das
empresas sequer examinou de perto as suas próprias possibilidades e
necessidades, simplesmente optou por seguir as escolhas das grandes
corporações.
E seguiram por esse caminho para evitar ter de se conhecerem
a si mesmas, especialmente a sua capacidade de serem flexíveis.
Já os colaboradores parecem já ter feito a sua opção, ao menos em teoria
se a escolha não é compartilhada pelo empregador.
A flexibilidade é um dos
principais motivadores para as pessoas que procuram um emprego.
Uma pesquisa de
economistas das universidades de Nottingham, Sheffield e King’s College London,
do Reino Unido, mostrou que os britânicos estariam dispostos a reduzir até 8,2%
de seus salários para continuar trabalhando apenas dois ou três dias por semana
no escritório.
No Brasil, a consultoria
Mercer questionou 150 grandes e médias empresas em dezembro do ano passado
sobre seus modelos de trabalho em 2025.
Apenas 23% delas responderam que
questionaram os funcionários sobre suas preferências.
Entre as que aplicaram a
pesquisa, 94% das respostas indicaram preferir o modelo híbrido, 3% o
totalmente remoto e menos de 1% o 100% presencial.
Essa busca por valorização
pessoal, melhor ambiente e flexibilidade no trabalho, é um movimento cada
vez mais forte, mostra uma outra fonte de informações sobre esse mesmo assunto.
A ponto de quase sete em cada dez trabalhadores brasileiros (68%) ouvidos em
uma pesquisa da consultoria Aon se encontrarem em processo de mudança ou
considerando mudar de emprego nos próximos 12 meses.
Tal percentual está acima da média global (60%). Foram ouvidas mais de 9
mil pessoas em 23 países, sendo 500 no Brasil.
Para Leonardo Coelho, vice -
presidente de Saúde e talento na Aon no Brasil, a intenção de mudar de trabalho
reflete a valorização de fatores como clima e cultura da organização, além de
salário e benefícios.
Há que se considerar ainda o desejo de um maior
equilíbrio entre vida profissional e pessoal, que emergiu com mais força no
pós-pandemia
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