O
número de seguidores dos "finfluencers", como são chamados os
influenciadores de finanças brasileiros, não para de crescer
desde que a Selic foi pro chão, no auge da pandemia.
A partir de 13 de novembro, eles e as empresas que os contratam para publis
terão que seguir regras novas regras criadas pela Anbima, entidade
autorreguladora do mercado financeiro.
Em números:
- 515
"finfluencers" brasileiros estavam
ativos no fim do primeiro semestre, de acordo com levantamento da Anbima
em parceria com o Ibpad (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de
Dados).
- 6% foi
a alta de seguidores em relação ao fim de 2022, totalizando 176,3
milhões. O número equivale à soma de seguidores em todos os perfis
(Facebook, Instagram, X, YouTube) de cada influenciador.
Veja aqui os influenciadores de finanças mais
relevantes de 2023, segundo o levantamento.
Os temas mais abordados… Mercado de ações (48,9%), economia
brasileira (10,5%) e criptomoedas (9,4%).
…E os que mais geraram interações: CDBs (Certificados de Depósito
Bancário), com 11 mil em média, e Tesouro Direto com média de 10,2 mil.
Por
que há diferença?
"Para o influencer ganhar dinheiro, ele precisa de um patrocínio, afinal a
monetização é o interesse de quem quer ser influencer", diz à Folha Carlos
Castro, CEO da SuperRico e planejador financeiro certificado pela Planejar.
Ele alerta para casos de possíveis conflitos de interesses,
quando um influenciador patrocinado por uma companhia fala mais sobre assuntos
que geram maior lucro para a empresa, por exemplo.
É para mitigar esse problema que a Anbima criou uma regulamentação
para o setor.
- A
principal regra é a obrigatoriedade de o influenciador informar, de forma
clara, que o post patrocinado é uma publicidade e quem é a contratante.
- Outra
grande mudança é a responsabilização das instituições contratantes pelos
influencers e o conteúdo veiculado. A normativa, porém, não menciona
qualquer tipo de punição.
FOLHA DE SÃO PAULO