INDÚSTRIA AUTOMOBILISTICA


Grandes montadoras com fábricas no Brasil decidiram conceder férias coletivas em suas plantas para conter o crescimento do estoque em meio à irregularidade no fornecimento de componentes.

  • A GM deixará 80% do pessoal parado por 17 dias em São José dos Campos (SP). A maior parte da produção da fábrica é dedicada à picape S10; há também a produção de Trailblazer.
  • A pausa na Hyundai em Piracicaba (SP) começou nesta segunda (20) e vai até 2 de abril. A paralisação afeta os três turnos de produção de veículos e as equipes administrativas, chegando a 2.000 funcionários.
  • A Volkswagen promoverá férias a partir do dia 27. Segundo a montadora, até 5 de abril haverá manutenção na linha de produção. O sindicato fala em 2.000 trabalhadores parados no período.
  • Em Goiana (PE), onde a Stellantis (dona da Fiat, Jeep, Peugeot e Citröen) produz três modelos da Jeep (Commander, Compass e Renegade) e o Fiat Toro, a montadora vai dar férias coletivas de 27 de março e 6 de abril. Um dos três turnos para de quarta (22) até 10 de abril.

O que explica: os motivos relatados pelas fabricantes são semelhantes. São citadas a instabilidade no fornecimento de componentes –que ainda sente os reflexos da desordem causada pela pandemia– e a tentativa de evitar o acúmulo de estoques.

  • Os juros altos e a redução do poder de compra do brasileiro afetam a venda das montadoras. A situação é oposta à dos últimos dois anos anos, quando a demanda superou a oferta, ainda abalada pela pandemia.


FOLHA DE SÃO PAULO
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