BALANÇA COMERCIAL


Balança comercial tem superávit de US$ 42,4 bilhões no ano.

Saldo do comércio exterior é melhor do que em 2019, mas componentes de exportação e importação deterioraram.

balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 42,4 bilhões nos nove primeiros meses deste ano. Isso significa que o valor exportado pelo país superou o montante das importações. 

O saldo é 18,6% melhor do que o registrado no mesmo período de 2019.

Os dados apresentados nesta quinta-feira (1º) pelo Ministério da Economia mostram, no entanto, que a melhora no saldo é fruto de uma deterioração nos componentes do comércio exterior.

Na comparação com os nove primeiros meses do ano passado, o valor das importações brasileiras teve retração de 14%. Também houve queda nas exportações, de 7%.

A corrente de comércio, que soma os valores vendidos e comprados, indicando o dinamismo do comércio exterior do país, recuou 10,1%.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o ministro Paulo Guedes (Economia) aposta na balança comercial como fator que pode reduzir as perdas do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.

A avaliação do ministro é que a exportação de alimentos, ponto forte do Brasil, segue em alta e segura os resultados comerciais no azul.

Entre janeiro e setembro, as exportações do setor agropecuário somaram US$ 37,6 bilhões, uma elevação de 16% na comparação com período equivalente do ano passado.

De janeiro a setembro, houve retração de 31% das exportações para os Estados Unidos e recuo de 15% para a União Europeia. As vendas para países da América do Sul caíram quase 25%.

Para a China, no entanto, o valor da exportação registrou alta de 14%. Com o aumento, a participação dos chineses saltou para 35% de todo o valor exportado pelo Brasil. No ano passado, o patamar era de 28,7%.

Para o total de 2020, o Ministério da Economia estima que o saldo comercial vai encerrar o ano positivo em US$ 55 bilhões, uma alta de 14,4% em relação a 2019.

O superávit, pelas estimativas do governo, não será explicado por um aumento das vendas do país, mas sim por uma queda mais forte das compras feitas pelos brasileiros. 

A projeção aponta para uma retração de 6,5% da exportação e um recuo ainda mais intenso da importação, de 12,2%.



FOLHA DE SÃO PAULO
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