Alta de juros no Brasil e nos EUA.
Os bancos centrais do Brasil e dos EUA elevaram as
taxas de juros de referência nesta quarta (15) e indicaram um aperto monetário
ainda mais forte em relação ao considerado há algumas semanas.
No Brasil, o Copom do BC aumentou a Selic em 0,5 ponto percentual (p.p.), para 13,25% ao
ano, em linha com a expectativa do mercado.
- A autoridade monetária
também sinalizou que prevê nova alta de igual ou menor tamanho para a
próxima reunião.
- Desde o último encontro, o
BC vinha indicando a possibilidade de o avanço desta quarta ser o último,
mas a decisão foi revertida com as expectativas e os dados de inflação
divulgados nas últimas semanas.
O que explica: como a decisão de política monetária demora de seis a nove meses
até atingir a atividade econômica, o BC largou a inflação deste ano, que deve
vir bem acima do teto da meta (5%), e está de olho no IPCA do ano que vem, em
que o alvo é 3,25%.
- Na última pesquisa Focus com as
projeções do mercado, em 6 de junho, os analistas projetaram a inflação de
2023 em 4,39%, bem acima da meta, levando o BC a comunicar
nova alta para tentar controlar as expectativas.
Nos EUA, o
Fomc do Fed elevou a taxa de juros de referência do país em 0,75 p.p.,
para um intervalo entre 1,5% e 1,75% ao ano.
- Uma alta desse tamanho em
uma só tacada não acontecia desde 1994, e só
passou a ser considerada como mais provável pelo mercado após os dados de
inflação americana divulgados na última sexta.
- O presidente do Fed, Jerome
Powell, disse que o comitê deve optar por uma nova alta de 0,75 p.p. ou de
0,5 p.p. na próxima reunião.
FOLHA DE SÃO PAULO