Em
reunião na manhã da última segunda-feira (21), o presidente da FUNCEF, Carlos
Vieira, o diretor de Planejamento e Controladoria, Max Mauran, e o gerente de
Benefício, Vanderlei Vale, acompanhados de consultores, gestores e técnicos das
diversas áreas da Fundação, debateram diversos assuntos com dirigentes de nove
entidades representativas dos investidores/participantes dos planos de
benefícios, especialmente questões relacionadas à governança, aos resultados
dos investimentos e ao equacionamento de déficits.
Com
duração de três horas – das 10h30 às 13h30 -, o encontro contou com a
participação de representantes das seguintes entidades: Associação dos
Advogados da Caixa (ADVOCEF); Associação Nacional dos Beneficiários do
REG/Replan (ANBERR); Associação Nacional dos Auditores Internos da Caixa
(AUDICAIXA); Associação Nacional Independente dos Participantes e Assistidos da
FUNCEF (ANIPA); Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito
(CONTEC); Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT
(CONTRAF-CUT); Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas
da Caixa (FENACEF); Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa
(FENAE); e Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa (FENAG).
O
presidente da Fundação agradeceu a presença de todos e destacou a necessidade
da convergência de esforços para a superação do momento ímpar e bastante
delicado que a FUNCEF enfrenta. “Estamos totalmente abertos ao diálogo e
contamos com a contribuição de todos aqueles que se dispõem a construir uma
nova caminhada e um futuro comum”, salientou.
Para o
presidente da FUNCEF, o papel da gestão nesse momento de dificuldade passa,
primordialmente, por reordenar o orçamento. “Estabelecemos os pilares
austeridade, equilíbrio e transparência, dos quais não abrimos mão”, frisou
Carlos Vieira.
As
intervenções dos dirigentes das entidades representativas dos
investidores/participantes foram igualmente propositivas, sempre marcadas pelo
tom reivindicatório.
Entre as
principais preocupações levantadas pelas entidades associativas e sindicais
figuram a melhoria da governança, a recuperação de ativos alocados em maus
negócios ou em investimentos danosos e a reversão da trajetória de déficits nos
resultados da Fundação.
O diretor
de Planejamento e Controladoria, Max Pantoja, lembrou que a situação atual da
FUNCEF “resulta de um acúmulo de componentes que foram se juntando ano a ano” e
que os déficits dos planos, nos níveis atuais, são consequência de decisões e
atos administrativos adotados ao longo dos quase 40 anos de existência da
Fundação.
“Neste
momento é inevitável passar por um contexto de revisão e de atualização, para
fazer com que todas essas questões sirvam de aprendizado. Muitos desses fatores
estão sendo combatidos, mas temos muito ainda o que evoluir”, ressaltou o
diretor.
Max
Pantoja destacou que a FUNCEF colocou foco na melhoria da governança e que não
há investimento recente influenciando negativamente os resultados. Disse ainda
que a Fundação adotou alinhamento com o Judiciário para buscar recuperar
investimentos que não deveriam ter sido feitos.
Sobre a
expectativa futura de reequilíbrio atuarial dos planos de benefícios, o diretor
parafraseou o pernambucano Ariano Suassuna dizendo: “Não sou nem otimista nem
pessimista. Sou um realista esperançoso. Acredito no sucesso dos esforços nas
demais frentes em andamento para a recuperação de pelo menos parte dos valores
em questão, com vistas a atenuar o sacrifício do equacionamento”.
A reunião de segunda-feira se insere na busca pela
ampliação da transparência na gestão da FUNCEF. A Fundação seguirá atenta às
manifestações dos participantes e totalmente aberta ao diálogo com suas
entidades representativas.
Funcef