Fundos de pensão: A aposta de corretor de Miami


Carlos Gribel, chefe da área de renda fixa da Andbanc Brokerage em Miami, tem uma espécie de mão boa para escolher os vencedores no mercado de bonds do Brasil.

 

Neste ano ele disse a seus clientes que acumulassem os CoCos do Banco do Brasil e também os bonds das siderúrgicas Usiminas e Gerdau. Quem seguiu seu conselho foi recompensado com retornos de pelo menos 34 por cento.

 

Agora, o brasileiro de 54 anos está fazendo sua projeção mais audaciosa: ele recomendou a seus clientes a compra de US$ 1,8 bilhão de títulos emitidos pela empreiteira falida OAS. As notas estão sendo negociadas atualmente entre 1 e 2 centavos de dólar, um reflexo do quanto elas são vistas como desprezíveis. Para Gribel, os detentores de notas estão subestimando o valor da dívida. Segundo seus cálculos, esses títulos podem valer até 20 centavos de dólar se os credores venderem a fatia de 24 por cento na operadora de aeroportos Invepar que receberam na atual reestruturação da dívida.

 

"A OAS é realmente uma aposta arriscada, mas qualquer sucesso com uma venda da Invepar só trará ganhos a essa altura", disse Gribel, que trabalha na Andbanc Brokerage nos últimos dois anos, em entrevista, de São Paulo. "Acho que esses títulos estão baratos demais e bons demais para ignorar".

UOL
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