JUROS


Poupança tem captação líquida de R$ 5,8 bilhões em fevereiro, diz BC.

Com a pandemia, a caderneta registrou valores elevados em captação líquida em razão do auxílio e da queda no consumo.

Os saques em caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 5,8 bilhões em fevereiro, segundo relatório divulgado pelo BC (Banco Central) nesta quinta-feira (4). 

Este é o segundo resultado negativo desde o início da pandemia de Covid-19.

Após a chegada do vírus ao país, em março, a caderneta registrou valores elevados em captação líquida nos meses seguintes, em comparação ao restante da série.

Em janeiro, pela primeira vez desde o início da crise sanitária, a captação líquida (diferença entre depósitos e saques) da poupança foi negativa.

No mês, as retiradas superaram as entradas em R$ 18,1 bilhões, pior valor da série histórica iniciada em janeiro de 1995.

Em fevereiro, o patamar voltou aos níveis semelhantes aos observados antes da pandemia. 

No mesmo mês de 2020, o resultado foi negativo em R$ 3,7 bilhões e em 2019, em R$ 4 bilhões.

O auxílio emergencial, pago por meio de conta-poupança digital da Caixa Econômica Federal, ajudou a explicar o movimento de alta na captação ao longo de 2020. 

O benefício, no entanto, terminou em dezembro.

Os brasileiros depositaram, em fevereiro, R$ 239,8 bilhões na caderneta e sacaram R$ 245,6 bilhões.

O saldo, que é todo o montante investido na modalidade, mesmo com captação negativa, permaneceu superior a R$ 1 trilhão no mês. 

O estoque alcançou a marca pela primeira vez na história em setembro.

A poupança rende a Taxa Referencial (TR), hoje zerada, mais 70% da Selic, que está em 2% ao ano.

A regra prevê que, quando a taxa básica de juros estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será 0,50% ao mês, mais TR. 

Caso a taxa Selic esteja menor ou igual a 8,5% ao ano, o investimento é remunerado a 70% da Selic, acrescida da TR.



FOLHA DE SÃO PAULO
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