📊 Ibovespa: -0,54% (117.669 pontos)
💵 Dólar: +1,81% (R$ 5,67)
Com CPI da COVID-19 e Orçamento, Bolsa cai nesta sexta, mas
sobe na semana
Sextou com S de sobe-e-desce na
Bolsa: depois de um dia bem volátil, o Ibovespa encerrou o pregão em baixa, ao
contrário dos coleguinhas gringos.
Apesar do resultado negativo, o principal
índice da B3 encerrou a semana com alta acumulada de 2%.
Quem segurou as pontas foi a
forte alta que aconteceu na segunda-feira (5), sustentada especialmente pela
Vale.
Nos demais dias, o que não
faltou foi emoção para os investidores.
A Bolsa foi para lá e para cá
com o impasse sobre o Orçamento para 2021. Nesta sexta-feira, essa preocupação
se juntou a outras duas: instauração da CPI da Covid-19 e dados de inflação,
conforme você verá nas notícias rapidinhas, mais ao final deste e-mail.
Vamos por partes.
A novela do orçamento
Quem acompanhou o Mexe com o
Bolso ao longo da semana já sabe que, em pleno dia 9 de abril, o Orçamento do
ano de 2021 ainda não foi aprovado.
Depois de muito chove-e-não-molha, o texto
foi enviado ao presidente Jair Bolsonaro para sanção.
Porém, para autoridades do
Ministério da Economia, Bolsonaro precisa vetar algumas partes, pois a proposta
seria jurídica e economicamente inexequível do jeito que foi aprovado no
Congresso.
Em outras palavras, o texto poderia levar o presidente a cometer
crime de responsabilidade fiscal caso sancionasse – o que, em último caso,
poderia culminar em impeachment.
Se o Ministério da Economia
puxa de um lado, os congressistas seguram do outro.
Segundo o InfoMoney, os
parlamentares afirmam que não aceitarão qualquer veto, já que o governo sabia
muito bem das mudanças feitas durante a tramitação.
Assim, persiste o impasse e,
com ele, a sensação de risco do investidor.
Ao fim desta
semana, este delicioso caldo de Brasil ganhou novos ingredientes.
Vem
CPI aí; o que isso tem a ver com a Bolsa?
Na noite desta quinta-feira
(8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, acatou
ao pedido de senadores para que o Senado instale uma Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) que apure as omissões na condução da pandemia no Brasil.
Do lado do Executivo, tome
tiro: Bolsonaro afirmou que Barroso faz "politicalha" e
"ativismo judicial".
A CPI vem no momento mais
crítico da pandemia por aqui, com um novo recorde de óbitos sendo batido: 4.249
mortes em 24 horas, além dos 86.652 novos casos confirmados, segundo o
Ministério da Saúde.
Porém, o que preocupa mesmo o
Deus Mercado é que a instalação da CPI vá distrair os parlamentares, que terão
que dar atenção ao caso em vez de seguir a agenda econômica.
Sobre a
inflação, você verá a seguir – mas, provavelmente, você já sentiu o que
aconteceu no seu bolso.
Com toda essa tempestade de
notícias, é compreensível a alta do dólar neste pregão.
As freguesas desta newsletter
já sabem: quando a situação vai mal e os investidores se sentem inseguros, é
comum que eles comprem dólares para segurar a rentabilidade de suas
carteiras.
Por isso, a moeda estadunidense
acabou subindo nesta sexta-feira. Porém, no acumulado da semana, houve
desvalorização de 0,70%.
Saber hoje:
- Não é impressão sua: a inflação
oficial do país – o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) –
acumulou 6,10% em 12 meses, ficando acima do teto da meta de inflação pela
primeira vez este ano, que é de 5,25%.
- Em março, o IPCA acelerou,
registrando 0,93% em março. Trata-se da maior alta para o mês desde 2015,
puxada principalmente pelos preços dos combustíveis (11,23%) e do gás de
botijão (4,98%). As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- A inflação do aluguel – marcada
pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) – também ficou em alta
(0,50%) na primeira prévia de abril. No entanto, o número mostra uma
desaceleração.
- O IGP-M acumulou 30,70% em 12
meses, contra 29,83% na última contagem, divulgou também nesta sexta-feira
a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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