O juiz Vallisney de
Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, aceitou a
denúncia e abriu ação penal contra 17 pessoas, incluindo ex-dirigentes da
Funcef e da Petros, por gestão temerária e desvio de recursos de instituição
financeira no episódio envolvendo aportes no chamado FIP Enseada.
O caso é mais um dos
investigados na Operação Greenfield e, de acordo com a denúncia, a
Funcef aplicou R$ 17,4 milhões e a Petros R$ 17,1 milhões no chamado Fundo de
Investimento em Participações (FIP) Enseada, criado em março de 2010 para
direcionar seus investimentos à Companhia Brasileira de Tecnologia Digital,
constituída para adquirir a antiga Gradiente, que por sua vez se encontrava em
recuperação judicial.
Para a força-tarefa
da Greenfield, a operação teve o aval do Bradesco Asset Management S/A, sem
observar os deveres de diligência e princípio da rentabilidade, segurança e
liquidez, bem como não seguirem pareceres das áreas técnicas.
Apesar de citar o
Bradesco, neste caso os investigadores da Greenfield não denunciaram ninguém do
banco, pois foi firmado um acordo com a instituição financeira no qual ela se
comprometeu a pagar à Funcef, à Petros e à Agência de Fomento do Estado do Amazonas
(Afeam) todo o valor aportado pelos fundos no FIP Enseada atualizado pelo IPCA
mais 6% ao ano, pelo período de dezembro de 2010 a outubro de 2017.
O GLOBO