CONFLITO E SECA


Dois eventos voltaram a gerar um gargalo no transporte marítimo global no começo deste ano.


No Panamá, uma seca histórica baixou o nível de água e acabou restringindo para 24 o número de navios que podem passar diariamente no canal do país, que responde por cerca de 6% do comércio global.

No mar Vermelhoataques de rebeldes houthis afetam toda a rota que passa pelo canal de Suez, no Egito, com cerca de 12% do comércio mundial.

Os impactos: aumento no tempo e no custo dos transportes.

As sobretaxas cobradas por grandes empresas do setor vão de US$ 450 a US$ 1.500 para as mercadorias que antes passavam pelo mar Vermelho –e que agora são desviadas para o Cabo da Boa Esperança, no sul da África. O prazo de chegada também aumentou, para até 15 dias.

A demora dos navios para chegar a seu destino diminui a oferta de embarcações, mas nada perto do que foi visto na pandemia, quando a demanda explodiu e as dificuldades geradas pelas restrições sanitárias fizeram o preço do frete disparar.

No Brasil, os efeitos ainda são pequenos e em setores específicos, mas podem ser ampliados caso os problemas permaneçam.

O temor maior do mercado em relação ao conflito no mar Vermelho é em relação ao petróleo, mas as cotações da commodity pouco se alteraram desde que a escalada dos ataques começou, há um mês.

 



FOLHA DE SÃO PAULO
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