Em uma solenidade
de premiação promovida pelo jornal VALOR ECONÔMICO,
algumas das principais lideranças empresariais do País defendiam enfaticamente
a realização de reformas estruturantes, a primeira delas sendo a da
Previdência. Um pouco antes disso, há algumas semanas, nota publicada em
prestigiada coluna política do jornal O GLOBO, mostrava
tendência no sentido de que, dependendo do candidato que for eleito em outubro,
o debate acerca do que precisa mudar no modelo previdenciário brasileiro voltar
à pauta do Congresso Nacional ainda este ano. Só por isso vê-se o quanto o tema
é urgente.
“A reforma da
Previdência não pode continuar sendo adiada, tal o peso dos déficits dos
regimes geral e próprios como importantes causas do desequilíbrio nas
contas do governo”, resume Roque, para quem mudanças precisam ser feitas, após
um amplo e profundo debate que envolva a sociedade e garanta o melhor
para os brasileiros, além de extinguir privilégios.
Na mesma linha de
raciocínio, o Conselheiro Ary de Carvalho Alcântara defende uma clara
participação da ANCEP no debate. Profundo estudioso do tema, a contribuição de
Ary para essa discussão diz respeito particularmente a duas propostas suas e
compartilhadas por Roque Muniz, presidente da ANCEP.
As duas propostas
que Ary deseja ver encaminhadas envolvem emendas constitucionais, a serem
incluídas no projeto enviado pelo governo Temer e atualmente paralisado no
Congresso, onde dependendo de quem for eleito poderá voltar a tramitar.
Ary propõe que a
previdência complementar fechada receba imunidade tributária naqueles
casos em que as reservas não forem resgatadas por 20 anos ou mais, uma vez que
nessa situação a poupança acumulada contribui de fato para a futura
aposentadoria e, enquanto é formada ao longo dos anos, ao ser investida ajuda a
economia brasileira a retomar o seu crescimento.
Ele propõe também
que ao trabalhador seja dado o direito de transferir recursos de sua conta no
FGTS para uma poupança previdenciária administrada por entidade de previdência
complementar.
“Dessas duas
formas estaremos alcançando importantes objetivos, quais sejam reforçar a
poupança para a aposentadoria e dar à economia brasileira os recursos de que
tanto precisa para retomar o seu ciclo de crescimento”, observa Ary. Mesmo
porque com tal posicionamento a ANCEP.
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