Prevista para o próximo dia 13,, a próxima reunião do Conselho
Nacional de Previdência Complementar (CNPC) deve pautar a proposta de resolução
que disciplina as operações de transferência de gerenciamento apresentada pela
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Da forma que
foi apresentada, a Anapar é contra e se posicionará no sentido de alterar
alguns pontos da matéria.
A Anapar entende que a proposta facilitará a transferência da
gestão dos planos dos fundos de pensão para outras entidades que, na verdade,
são extensão de bancos e seguradoras, mesmo classificadas na categoria de
“entidades fechadas sem fins lucrativos”.
O presidente da Anapar, Antônio Braulio de Carvalho, defende que o
sistema de previdência fechada precisa ser fortalecido e preservado, porque o
que vem ocorrendo hoje é uma visível política de favorecimento das entidades
administradas pelo setor financeiro, em detrimento dos fundos de pensão.
“Os bancos têm visão de curto prazo e não se interessam em
investimentos com retornos em 10, 20 ou 30 anos, como os que são feitos nos
fundos fechados”, afirma Braulio. “Não somos contra o aperfeiçoamento do
sistema, mas que continuem com a participação dos trabalhadores, pois é o
futuro deles que está em jogo”, acrescenta.
Braulio explica que os fundos de pensão fechados atuam na
perspectiva de longo prazo e não têm fins lucrativos. “Nossa preocupação é com
o futuro do trabalhador, no sentido de que ele tenha um benefício capaz de
complementar a sua renda na aposentadoria e dessa forma possa suprir a suas
necessidades e da família”.
Estudo feito pela assessoria técnica da Anapar revela que o
custeio administrativo com taxas de administração e carregamento praticadas nos
fundos de pensão da previdência aberta, administrados pelos bancos, pode gerar
para o participante um valor acumulado quase 60% menor do que acumularia em um
fundo fechado de previdência.
Se a opção do trabalhador for pelo benefício vitalício, o valor
mensal da aposentadoria complementar que receberá nos fundos de pensão pode ser
até 238% maior.
Portal da Anapar