TCU aponta perdas em fundos de pensão


Auditoria do TCU indica que “fundos de pensão de estatais deixaram de ganhar R$ 85 bilhões em 2016 devido a ineficiência em sua gestão”. O problema teria se concentrado em particular na Previ, Petros e Funcef, que responderiam por R$ 75 bilhões. A matéria não deixa claro os critérios seguidos para tão estranha conclusão.  Nessa linha, a Previ questiona o relatório do Tribunal e diz que o resultado negativo deriva da crise econômica. A Petros, por sua vez, informou que está averiguando possíveis irregularidades e a Funcef e Previc não se manifestaram.

 

Os auditores do TCU analisaram os investimentos de todos os fundos de pensão – patrocinados por estatais e empresas privadas -  de julho de 2016  maio de 2017, usando para comparação a evolução do patrimônio líquido. Assim, no ano passado, os recursos somados dos 305 fundos do segmento privado registraram um crescimento de 4%, ante um recuo de 15% observado em entidades de estatais. Foi essa diferença no desempenho que, segundo os auditores, resultou nos tais R$ 85 bilhões.

 

O desempenho negativo seria consequência principalmente dos maus resultados com aplicações feitas em FIPs associados a projetos como o da Sete Brasil, Multiner, OAS e Enseada. Segundo o relator, o ministro José Múcio Monteiro, a recessão pela qual o País passou não justifica inteiramente as perdas. A Previ aplicou em 25 FIPs, sendo que 10 deles sofreram perdas de 50% do valor e em outros 5 elas foram totais. Na Petros,  dos 35 fundos 18 desvalorizaram 50% e 7 deles simplesmente 100%. Já na Funcef, dos 46 que receberam investimentos,  19 encolheram pela metade e 10 registraram perda total.

 

Na Previ, apenas 6 dos 25 FIPs apresentaram retorno positivo. Na Petros,  foram 7 dos 37 e, na Funcef,  13 dos 46.

 

Entre outras objeções, a auditoria gera críticas como falta de clareza nos critérios seguidos e falta de conhecimento técnico por parte do TCU.



FOLHA DE S. PAULO
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