O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou ontem (15) que o
governo só vai fechar a proposta de reforma da Previdência após viagem do
presidente Jair Bolsonaro a Davos, na Suíça.
"Antes de ele embarcar ele vai assistir a uma apresentação. Ele vai
para lá com isso na cabeça, vai receber textos, vai pensar, vai maturar. Quando
ele voltar a gente vai conversar e eu acho que ele vai bater o
martelo", disse o ministro.
Há 15 dias no cargo,
Bolsonaro realiza no próximo fim de semana sua primeira viagem internacional.
Em Davos, na Suíça, ele participa do Fórum Econômico Mundial, evento anual que
reúne a elite econômica e política mundial em resort nos Alpes suíços.
Uma das
dificuldades, por exemplo, se dá em torno da proposta de reforma que envolva os militares,
que resistem a serem incluídos no projeto em discussão. Capitão reformado do
Exército, Bolsonaro tem sete ministros militares além de seu vice, o general
Hamilton Mourão.
Enquanto o
ministro Paulo Guedes (Economia) quer modificações mais robustas, políticos
defendem uma visão mais branda do texto. O assunto será arbitrado por
Bolsonaro, que já deu declarações recentes sobre mudanças nas regras de
aposentadoria que pegaram a equipe econômica de surpresa.
FOLHA DE SÃO PAULO