INFLAÇÃO


Inflação no Brasil só deve começar a ficar controlada em 2023, diz presidente do Bradesco.

Executivo ecoa relatório de economistas em Davos que aponta dificuldades em retomar cadeias globais.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior, espera que a inflação continue a pressionar a economia global, e a do Brasil em especial —o que deve fazer com que a taxa básica de juros se mantenha em alta pelo menos até o final deste semestre.

"Acredito que a inflação vai continuar persistente neste ano todo, e a expectativa é que ela comece a ficar mais controlada a partir do ano que vem. 

Isso globalmente, e no Brasil em especial", afirmou o executivo a jornalistas durante o encontro do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Ele projeta que a Selic, atualmente em 12,75%, chegue a 13,5% neste ano, com a inflação de 2022 em até 11%. 

O índice está muito acima do teto da meta inflacionária fixada pelo governo, que é de 5%.

A atual projeção do mercado para a inflação ainda está levemente abaixo de 8% segundo o boletim Focus, compilação do Banco Central com as perspectivas das principais casas bancárias do país, do final de abril.

Lazari enfatiza, contudo, que embora mais grave no Brasil o problema é global. 

Na véspera, um grupo de economistas eminentes ligados ao Fórum assinou um relatório no qual prevê intensificação da inflação e fragmentação na globalização, o que significa mais sobressaltos nas cadeias globais de fornecimento e, logo, mais pressão sobre os preços.



FOLHA DE SÃO PAULO
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