TECNOLOGIA


The Guardian sofre suposto ataque de hackers.

Grupo de mídia pede que funcionários trabalhem em casa e evitem acessar redes compartilhadas.

O grupo de mídia The Guardian foi atingido por um suposto ataque de ransomware em seus escritórios, levando-o a dizer aos funcionários para trabalhar em casa nesta semana e evitar o acesso a redes compartilhadas.

Katharine Viner, editora-chefe do Guardian, e sua executiva-chefe, Anna Bateson, disseram à equipe na quarta-feira (21) que acreditam que o "grave incidente" foi "um ataque de ransomware", mas que também estavam considerando outras possibilidades.

As circunstâncias sugerem que o Guardian sofreu um tipo de ataque criminoso em que hackers bloqueiam os dados ou o sistema de computador de uma empresa e exigem resgate ("ransom em inglês") para liberá-los. 

O pedido de resgate pode ocorrer vários dias após o ataque inicial.

O grupo de notícias conseguiu continuar publicando artigos em seu site, pois possui um sistema editorial próprio que não foi afetado pelo ataque.

"Embora alguns de nossos sistemas internos tenham sido afetados, estamos confiantes de que poderemos publicar a versão impressa amanhã", disseram Viner e Bateson.

O suposto ataque fragilizou as redes internas do Guardian, interrompendo o acesso ao wi-fi nos edifícios e a serviços corporativos e sistemas financeiros compartilhados.

A nota aos funcionários no início do dia pedia que eles "trabalhassem em casa hoje" para "minimizar a interrupção". 

"Não venha aos nossos escritórios para trabalhar, a menos que seja especificamente solicitado a fazê-lo", dizia a nota. "Por favor, não use VPN para fazer logon em nenhum sistema."

O número limitado de funcionários na sede do Guardian em Londres na quarta teve que trabalhar em laptops e usar telefones celulares para conectar a internet.

Os ataques de ransomware a empresas foram cada vez mais praticados ao longo de 2020 e 2021, em parte porque a mudança para o trabalho remoto deixou os sistemas de TI mais vulneráveis a hackers.

Mas o número de ataques caiu quase um quarto no primeiro semestre deste ano, de acordo com a empresa de segurança americana SonicWall, em parte porque mais organizações se recusaram a pagar resgate aos cibercriminosos.

Outros fatores potenciais incluem a maior aplicação da lei e a queda nos preços das criptomoedas, a forma preferida de pagamento de resgates.

O Guardian opera um dos sites de notícias em inglês mais visitados do mundo, registrando cerca de 94 milhões de visitantes únicos no mês passado, de acordo com a Similarweb.



FOLHA DE SÃO PAULO
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