Empresas enxugam trabalho remoto
e voltam a ampliar escritórios.
Em São Paulo, 80% dos escritórios estão com 70% da equipe no presencial;
locação de lajes cresce.
O mercado de escritórios registrou
resultados positivos no segundo trimestre deste ano, puxado principalmente
pelas negociações de lajes corporativas de alto padrão.
A redução do trabalho remoto, com o acréscimo de dias
no modo presencial, é uma das razões apontadas por consultorias do setor para
o saldo positivo de locações, especialmente em
São Paulo, onde esse mercado está concentrado.
A absorção líquida —ou seja, o
saldo entre as devoluções e contratações— ficou em 43,7 mil metros quadrados em
São Paulo, segundo a consultoria Newmark.
Nas regiões que concentram os
escritórios de padrão A e AA, o saldo positivo foi de 14 mil m² no último
trimestre, de acordo com a JLL.
As empresas também começaram a
registrar um aumento nas metragens das locações. Esse dado indica o tamanho de
quem está procurando.
Entre o início de 2022 e o primeiro trimestre de 2023, cerca
de 85% dos negócios fechados pela JLL eram de lajes abaixo de 1.000 m². Esse
índice caiu para 70% no segundo trimestre.
Segundo dados da Buildings, a absorção líquida total em São
Paulo, considerando todos os padrões de escritórios (e não somente os chamados
triple A), saltou de 15 mil m² nos primeiros três meses deste ano para 100 mil
m² no segundo trimestre.
No segundo trimestre deste ano, o preço do metro quadrado subiu,
depois de oito trimestres de estabilidade. Segundo a consultoria Newmark, isso
aconteceu porque houve vacância em edifícios valorizados.
De uma faixa de R$ 87
a R$ 89 mensais, o preço médio por metro quadrado ficou em R$ 91,77.
FOLHA DE SÃO PAULO