Bolsa sobe 1,59% após decisão do Copom e alívio com
a China.
Ibovespa teve
terceira alta seguida; dólar subiu 0,16%
A Bolsa de Valores
brasileira fechou nesta quinta (23) em alta de 1,59%, a 114.064 pontos.
É o
terceiro avanço seguido do Ibovespa após o recuo à casa dos 108 mil pontos na
segunda-feira (20), quando uma onda de temor tomou conta dos mercados globais
devido ao risco calote da gigante do ramo imobiliário chinês Evergrande.
O
dólar subiu 0,16%, a R$ 5,3120.
O Ibovespa,
principal índice da B3, acumula crescimento semanal de 2,26%. No mês, porém, o
saldo é de queda de 3,97%.
O momento de
recuperação da Bolsa coincidiu nesta quinta com a invasão do edifício-sede da B3, na região central da
capital, por integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e da
frente Povo Sem Medo, que protestaram contra a fome gerada pela
crise econômica.
Analistas atribuem o desempenho da Bolsa nesta
quinta a três fatores:
- às negociações na China para que a crise da Evergrande
não resulte em uma quebradeira no mercado imobiliário local;
- à manutenção do
ritmo moderado do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) na retirada de
estímulos à economia americana e,
- no Brasil, à sinalização de que o Banco
Central seguirá atuando para controlar a inflação.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou a
taxa básica de juros —a Selic— em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano, nesta
quarta-feira (22).
No comunicado, o BC indicou que fará nova elevação na mesma
magnitude na próxima reunião, no fim de outubro, o que levaria a taxa para
7,25%.
Em Wall Street, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam em alta
de 1,48%, 1,21% e 1,04%, respectivamente.
O petróleo Brent, referência mundial, subiu 1,35%, a US$ 77,22
(R$ 408,42).
FOLHA DE SÃO PAULO