Jovens são os maiores adeptos das escalas flexíveis e
jornadas de até seis horas
As vezes o desejo por flexibilidade no trabalho parece começar a
não ter limites.
Exemplo disso são os aparentes modismos e até as tendências
sérias detectadas por sites de recursos humanos e revistas de negócios.
Pois o
que surge agora de mais recente atende pelo nome de microturnos, ou seja,
escalas flexíveis e jornadas de até seis horas, ao gosto de jovens que buscam
autonomia e mais tempo livre.
É o que diz relatório da Deputy, plataforma global de gestão de
trabalho que usa inteligência artificial para otimizar escalas, controle de
ponto e produtividade.
A fonte revela que a demanda por esse tipo de
flexibilidade é mais forte entre os jovens, mas não se limita a eles. Há entre
os mais velhos adeptos do novo modelo.
Três grandes fatores explicam a ascensão dos microturnos. O
primeiro é a pressão econômica em diferentes países ao redor do mundo, que leva
mais pessoas a acumularem empregos.
Um em cada cinco profissionais da Deputy
tem mais de um emprego. Isso mostra que os turnos curtos e flexíveis não são
apenas convenientes, são essenciais.
O segundo fator é a tecnologia, que
finalmente começa a se alinhar com a realidade da vida moderna. Hoje, as
empresas podem oferecer jornadas personalizadas em larga escala”, afirma o
relatório. E a IA tem um papel central nesse processo.
O terceiro impulsionador é a crescente demanda por serviços
presenciais e de cuidado humano — como saúde (+8,9%), cuidados com idosos
(+3,8%) e hospitalidade (+5,2%) — especialmente entre famílias de alta renda.
Esse cenário abre espaço para funções que vão além da instabilidade dos “bicos”
da Gig Economy.
E não é sem motivo que os empregadores estão cada vez mais atentos
às demandas emocionais de seus colaboradores.
Site especializado em notícias de
RH aponta que, de acordo com o Ministério da Previdência Social, o Brasil
registrou no ano passado mais de 141 mil afastamentos por ansiedade — o maior
número da última década.
No cenário global, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) estima que a depressão e a ansiedade provocam a perda ao redor de US$ 1
trilhão à economia mundial, algo que acende um alerta sobre qual o
verdadeiro custo da ansiedade para pessoas e empresas.
FORTUNE