REFORMA DA PREVIDÊNCIA 2


Sobre a urgência da reforma da Previdência em nível estadual, objeto de um projeto enviado pelo governador paulista João Dória à Assembleia Legislativa, nota-se não só da "feroz resistência das corporações", mas também que nos últimos anos, as despesas com o pagamento de inativos, incluindo as de caráter administrativo, superaram o montante destinado ao ensino público —numa gritante inversão de prioridades.

Em 2018, a Previdência consumiu R$ 36,1 bilhões, ou 17% do Orçamento paulista. Em 2010, essa proporção, que cresce continuamente, ficava nos 12%. 

O resultado é a redução de recursos disponíveis para outras finalidades, em especial obras de infraestrutura. Nos cálculos do governo estadual, os gastos com os 550 mil aposentados e pensionistas vão superar dentro de três anos a folha salarial do pessoal ativo. 

O custo do regime —isto é, a parcela não coberta pelas contribuições dos servidores— ronda os R$ 30 bilhões.

Aliados de João Doria (PSDB) têm a expectativa de que, na última sessão do ano, nesta quarta (11), o Órgão Especial do Tribunal de Justiça derrube a liminar que impede a tramitação da reforma na Assembleia Legislativa.





FOLHA DE SÃO PAULO
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