Riscos e tratamentos do câncer de próstata, doença
negligenciada por muitos homens.
Falar da doença
ainda é tabu para parte dos homens, que evitam exames preventivos cruciais
Os relatos de celebridades com o diagnóstico de
tumores malignos sempre reavivam na opinião pública a importância de seus
respectivos diagnóstico e tratamento.
Foi o que aconteceu com o ex-jogador de futebol
norte-americano O.J. Simpson, morto em abril desse ano decorrente de
complicações do câncer de próstata. Também recentemente, o rei
Charles da Inglaterra foi submetido a tratamento para tratar da doença.
No Brasil, o câncer de próstata é bastante abordado,
especialmente nos meses de outubro e novembro, quando anualmente a SBU
(Sociedade Brasileira de Urologia) promove o "Novembro Azul", mês
de conscientização à prevenção e diagnóstico do câncer de
próstata. Mas sua importância deve ser lembrada cotidianamente.
A próstata é uma glândula presente nos homens,
localizada próximo do reto e da bexiga, e tem como função produzir um líquido
que compõe parte do sêmen e nutre os espermatozoides.
Diversas doenças podem afetar a próstata dos homens.
As doenças de origem
infecciosa como as prostatites podem se apresentar de forma aguda ou crônica,
causando grandes alterações urinárias e queda da qualidade de vida dos
pacientes.
De acordo com importantes sociedades urológicas no
mundo, como a SBU, AUA (American Urological Association) e EAU (European
Association of Urology), os homens acima de 50 anos de idade devem anualmente
se submeter a consulta com urologista, dosagem de PSA e toque retal.
Para os
indivíduos com história familiar de câncer de
próstata, esse protocolo deve ser iniciado aos 45 anos de idade.
Os dados estatísticos nos mostram a importância de
se fazer o diagnóstico precoce, algo que envolve mudanças
de paradigmas nos homens, população que culturalmente procura menos os exames
de prevenção.
Isso é ainda mais presente no caso do câncer de próstata, cuja prevenção
envolve o exame de toque prostático, algo que ainda é um tabu em nosso meio.
FOLHA DE SÃO PAULO