RUSSIA x UCRANIA


Sem Ikea nem Levis: varejistas ocidentais deixam a Rússia.

Sanções ocidentais fazem marcas optarem por interromper operações no país.

Na segunda-feira (7), o diretor financeiro da Stanley Black & Decker disse a investidores que a empresa ainda está decidindo se manterá seus negócios na Rússia devido às novas sanções que afetam o país, ou sairá nas próximas semanas ou meses.

"É algo que estamos observando de perto para ver como se desenrola", disse Don Allan, diretor financeiro da empresa, em uma conferência. 

A companhia tem cerca de cem funcionários e gerou uma receita anual de US$ 150 milhões, disse ele, com um estoque estimado de US$ 30 milhões a US$ 40 milhões.

Menos de 24 horas depois, a empresa disse que decidiu fechar.

Um número cada vez maior de marcas e varejistas americanos e europeus está modificando suas operações na Rússia em resposta à invasão da Ucrânia pelo país, com grandes redes e marcas de luxo fechando lojas e suspendendo outros negócios. 

As medidas afetam centenas de lojas e milhares de empregados russos.

Na semana passada, Apple, H&M Group, Nike, Ikea, LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, Hermès e Chanel disseram que fecharão temporariamente suas lojas na Rússia. 

Nesta semana, a Levi Strauss & Co. e a Adidas disseram que também estão interrompendo as vendas no país. 

Na terça, as lanchonetes McDonald's e Starbucks disseram que fecharão temporariamente suas centenas de lojas na Rússia.

As medidas tomadas por marcas de luxo foram observadas de perto, especialmente após uma reportagem da Bloomberg News em 2 de março de que russos ricos estavam correndo para comprar joias e relógios para tentar preservar o valor de suas economias. 

O CEO da Bulgari disse à agência de notícias que as vendas nas lojas russas aumentaram nos dias anteriores e que a invasão da Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro, "provavelmente impulsionou os negócios". 



FOLHA DE SÃO PAULO
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br