CRIPTOAÇÕES


Mercado brasileiro se prepara para a chegada das criptoações.

Empresas estão tentando criar espécies de 'grupos de acesso' ao mercado financeiro.

O alerta partiu do presidente do maior banco do ocidente, JPMorgan Chase. 

Em um evento na última quarta-feira (1º), Jamie Dimon fez as contas: em 1996, os EUA tinham milhares de empresas a mais do que atualmente.

"Eu estou implorando para vocês pensarem nisso no caminho para casa", disse o CEO do JPMorgan, para quem o número já deveria ter chegado a 14 mil, mas não é nem metade disso.

E o que aconteceu nesse meio de caminho? Essas empresas estão sendo adquiridas por fundos fechados e empresas de private equity, ou seja, de capital fechado. 

Na visão dele, essa saída do mercado listado se dá por excessos de litígios, de regulamentação, de exposição na imprensa, de exigências de governança...

O encolhimento do mercado acaba, inclusive, por atrapalhar os fundos de pensão, tão importantes para a economia americana, e o amadurecimento do mercado de investidores como um todo, aponta Dimon.

No Brasil, passamos por uma alta no último ano, na chamada janela de ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) e, atualmente, temos 453 empresas negociando suas ações na Bolsa de Valores. 

Em 2019 eram 390, mas olhando mais para trás, vemos que, em 1998, eram 599.

E veja que cenário imediato é desanimador para o empreendedor buscar capital na Bolsa e para o investidor apostar em empresas. 

Estamos combatendo a inflação abafando a economia. 

A ideia das consecutivas altas de juros passa justamente por frear o crescimento econômico. 

E a chamada política contracionista está surtindo efeito. O PIB do primeiro trimestre teve avanço de apenas 1%, abaixo das expectativas do mercado.

Enquanto o cenário da Bolsa traz pouca animação para grandes ganhos nos próximos períodos, o mercado brasileiro passa a encarar com mais seriedade opções para quem quer apostar no empreendedorismo e tentar buscar o alto retorno, aceitando riscos mais altos.

Agora, empresas estão tentando criar espécies de "grupos de acesso" ao mercado financeiro. 

A ideia é permitir que companhias que não cumprem todos os requisitos para serem listadas em Bolsa testem suas teses de crescimento no mercado.



FOLHA DE SÃO PAULO
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