Tarcísio autoriza estudos para privatizar Sabesp e
Emae
Governador diz que
pode recuar nos planos de desestatização em caso de aumento de tarifas.
O governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou nesta terça-feira (28) que
autorizou o início de estudos para a privatização da Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e da Emae (Empresa Metropolitana de
Águas e Energia).
As avaliações da
Sabesp terão início em março e terão o objetivo de definir a viabilidade da
desestatização das companhias paulistas.
No início do ano, o
governador disse que pretende concluir a privatização da Sabesp até 2024.
Além
disso, afirmou que considera bom o modelo feito com a Eletrobras, privatizada no
ano passado pelo governo federal por meio de uma oferta de ações que diluiu o
controle da companhia em Bolsa.
O governador
admite, porém, que poderá desistir da privatização caso a tarifa fique mais
cara.
"Se ver que a tarifa vai explodir, sem a segurança que não vai
baixar e a eficiência que imaginamos, podemos dar um passo atrás", falou o
governador.
O governador citou
o plano durante anúncio de um pacote com mais de dez projetos de concessões e
parceiras com a iniciativa privada, a maioria na área de transportes.
A Sabesp atende
mais de 27 milhões de pessoas em 375 municípios de São Paulo.
O governo detém
50,3% do capital social da empresa, e o restante das ações é negociado na Bolsa
de São Paulo e na Bolsa de Nova Iorque (EUA).
Já a Emae atua no
setor de geração de energia hidrelétrica e também é controlada pelo estado de
São Paulo.
FOLHA DE SÃO PAULO