522 mil empresas fecharam as portas por pandemia.
Segundo
instituto, só 13% dos empresários acessou socorro para pagar salários.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) informou ( quinta 16) que 1,3 milhão de empresas brasileiras
estavam com atividades suspensas ou encerradas na primeira quinzena de junho.
Deste total, 522 mil disseram que a pandemia motivou a decisão.
Os dados fazem parte da primeira edição da pesquisa
Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas empresas, lançada pelo instituto na
semana passada.
A pesquisa detectou também que um terço das empresas
brasileiras demitiu e só 13% tiveram acesso ao auxílio federal para pagar
empregados.
A pesquisa identificou a existência de cerca de
quatro milhões de empresas no país, dos quais 716 mil estavam fechadas
definitivamente na primeira quinzena de junho.
O instituto, porém, não sabe
quantas delas foram motivadas pela pandemia.
De acordo com os dados do IBGE, o impacto da crise
atingiu todos os setores da economia, mas foi pior para o setor de serviços,
que é o maior gerador de empregos do país.
E foi mais profundo também entre as
pequenas empresas.
Entre aquelas que encerraram definitivamente suas
atividades, 99,8% (ou 715 mil) estão nessa categoria, que consideram negócios
com até 49 empregados.
O restante é formado por 1,2 mil empresas consideradas
intermediárias (49 a 500 empregados). Nenhuma é de grande porte.
No grupo das 2,7 milhões de empresas que
permaneceram em atividade, 70% relataram que a pandemia teve impacto geral negativo sobre
os negócios. Para 13,6%, por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades e teve
um efeito positivo sobre a empresa.
O setor de serviços é o que registrou o maior percentual de
empresas afetadas negativamente: 74,4%.
Na indústria, foram 72,9%; na
construção 72,6% e no comércio, 65,3%.
Empresas com atividade encerrada definitivamente
por atividade econômica
Em %
- Construção - 28,5
- Serviços profissionais e
administrativos - 22,6
- Serviços prestados às famílias - 22,0
- Serviços de informação e
comunicação - 21,1
- Serviços - 19,4
- Transportes e correio - 16,4
- Comércio varejista - 15,6
- Comércio de veículos, peças e
motocicletas - 15,6
- Comércio - 15,3
- Comércio por atacado - 13,7
- Indústria - 12,9
IBGE