As principais
habilidades exigidas pelos empregadores.
As transformações
trazidas principalmente pelas novidades tecnológicas não apenas criam novos
postos de trabalho, mas começam a transformar as habilidades exigidas pelos
empregadores.
Eles estimam que 44% das habilidades dos trabalhadores serão
alteradas nos próximos cinco anos.
Antes mesmo de
2027, 60% da atual força de trabalho irá demandar treinamento para atender às
novas necessidades, mas apenas metade terá acesso a uma capacitação adequada.
No entanto, no
Brasil, os executivos esperam que 53% das habilidades exigidas pela força de
trabalho permaneçam as mesmas. As capacidades priorizadas para qualificação e
requalificação nos próximos cinco anos no país serão:
- Inteligência
artificial e Big Data;
- Pensamento
criativo;
- Resiliência,
Flexibilidade e agilidade
- Pensamento
analítico.
O percentual de
empresas que pretendem investir no capital humano e automação de processos com
o objetivo de aumentar a produtividade e a satisfação dos profissionais é de
80%, com prioridade para mulheres (79%), jovens menores de 25 anos (68%) e
pessoas com deficiência (51%).
Do lado dos
profissionais, flexibilidade no horário e local de trabalho são prioridade para
83% e 71% das pessoas, respectivamente.
Mas o salário continua sendo o
principal motivo de turnover voluntário, e 33% dos trabalhadores não se
veem na empresa em que trabalham nos próximos dois anos.
Uma pesquisa da
consultoria Adecco mostra que 61% se preocupam com o crescimento salarial
insuficiente para mitigar as pressões inflacionárias, em um cenário de aumento
do custo de vida e desaceleração econômica.
O mercado de
trabalho brasileiro 2023-2027
O Brasil possui
cerca de 136 milhões de pessoas economicamente ativas, mas apenas 17% da força
de trabalho possui um diploma de educação de nível superior ou vocacional.
A
taxa de desemprego se encontra no patamar de 10%, enquanto 23% dos jovens não
trabalham nem estudam – e a desocupação atinge principalmente pessoas com
apenas educação básica.
Segundo os
executivos brasileiros, para contornar o problema de baixa disponibilidade de
mão de obra qualificada, é necessário adotar práticas com o intuito de elevar a
disponibilidade de talentos na economia.
A mais selecionada
foi a melhora no processo de promoção e progressão de carreira (55% das
organizações respondentes), seguida pelo fornecimento de requalificação e
qualificação eficazes (32%) e melhor articulação do propósito e impacto do
negócio (31%).
A proposta de
qualificação e requalificação é comumente financiada pela própria organização,
seguida por treinamentos gratuitos e de financiamento via parcerias
público-privadas.
Em relação às
políticas públicas do governo para aumentar a disponibilidade de talentos no
mercado de trabalho, 45% das empresas veem o financiamento para treinamento
como uma intervenção eficaz disponível, seguido pela flexibilidade nas práticas
de contratação e demissão (33%), incentivos fiscais e outros para as empresas
melhorarem os salários (33%), melhorias no sistema escolar (31%) e mudanças nas
leis de imigração em talento estrangeiro (27%).
FORBES CARREIRA